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Evangelizando por meio de sua profissão ou negócios

O livro de Ester é muito peculiar entre os canônicos. Primeiramente, por não citar o nome de Deus em nenhum momento e, em segundo lugar, por não conter citações da Lei ou dos Profetas. Seu ensino é muito indireto, portanto.

Para alguns, seu valor está em contextualizar a festa judaica chamada de Purim, que não foi prefixada em Levíticos. Para os cristãos, narra como Deus agiu para preservar a linhagem messiânica e assim o plano eterno da salvação, posto que nos dias de Ester houve uma empreitada para aniquilar os judeus e, se isso tivesse acontecido, Jesus não teria vindo, pois mesmo não pertencendo à linhagem humana, as profecias sobre o Messias não seriam cumpridas.

Não sabemos muito sobre Ester, mas sabemos que foi criada pelo seu tio, Mordecai, numa época em que os judeus estavam como cativos em cidades dominadas pela Pérsia. Mordecai trabalhava na administração do palácio de Assuero, o rei Persa.

Quando a rainha Vasti é destituída, Assuero abre uma espécie de concurso para escolher sua substituta. Os profissionais do palácio são incumbidos de encontrar moças belas e com o perfil adequado para estar no palácio. Apesar de inferirmos que Mordecai não queria apresentar sua sobrinha, por serem judeus, os profissionais do palácio a encontram e a levam para participar do concurso. Ao final, Ester é a escolhida, passando a ser a esposa protocolar do rei Assuero.

Em paralelo, o oficial Hamã, que era um dos profissionais do alto escalão do império, é exaltado na política do Império e convence o rei, sem dar muitos detalhes, a assinar o decreto de aniquilação dos judeus. Ester, no conforto do palácio, e sendo o cargo de rainha desprovido de qualquer função administrativa, não fica sabendo de nada.

Quando esta informação se espalha entre o império, nada muda para o rei ou para Ester. Milhões de pessoas irão morrer, mas Ester sequer fica sabendo da notícia.

Mordecai, que tem uma visão empreendedora aguçada, envia uma cópia do decreto de aniquilamento dos judeus a Ester, junto com um pedido para que ela falasse com o rei para evitar tamanha injustiça ou, pelo menos, dar aos judeus a liberdade legal de se defenderem dos ataques. A resposta de Ester é absurdamente descompromissada: “Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei” (Ester 4:11).

O risco de que Assuero não recebesse Ester, como rainha, era mínimo; existia apenas na lei persa, e não na prática diária do império. Mesmo assim, entre correr esse risco mínimo e deixar milhões de pessoas morrerem, Ester preferiu, no primeiro momento, a segunda opção.

Mordecai lhe envia então três recados: primeiro, ele lembra a Ester que se for pra se apegar à lei persa, o decreto a atingirá, pois fala de matar todos os judeus, e embora ela esteja no palácio e exerça a função protocolar de rainha, continua sendo judia (Ester 4.13). O decreto a alcançaria no palácio também. Por mais que estivesse em uma posição de conforto, de sucesso, Ester estava ligada aos seus compatriotas, sendo-lhe isso agradável ou não.

No segundo recado, mesmo sem citar o nome de Deus, Mordecai assegura que viria livramento para os judeus (Ester 4.14a). Por mais estratégica que fosse a atual posição dela, Mordecai lembra-lhe que nos planos de Deus ela não era indispensável, pois, em sua soberania, Deus nunca está limitado.

Por fim, seu tio a desafia a pensar no propósito de sua posição: “e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino” (Ester 4:14b)? Este livro foi escrito com a convicção de que a resposta de Ester deveria ser: “Sim, eu sei que minha posição, aquilo que tenho e a função que exerço tem um propósito maior que o meu próprio benefício. Sei que minha posição (e no presente contexto, minha empresa) tem um propósito, atende a um chamado de Deus para suprir alguma necessidade deste mundo.” E a boa notícia é que Ester responde com um sim, ao final.

Diante do exposto, espero que estejamos nos colocando no lugar de Ester e entendendo: “Sim, minha empresa, minha profissão, são também o meu chamado!”

É provável que você, empresário ou profissional, já tenha escutado esse discurso, mas talvez apenas como uma cobrança, ou como um lembrete de que você deve ajudar, patrocinar alguém ou algum evento. No entanto, este livro, que serve de base para o Movimento Elo, pretende discutir o assunto de forma a estimular igrejas a iniciarem ministérios que possam abençoar empresários com conteúdo relevante, conexões, pastoreio e até mentoria, tratando-os não como fontes de ofertas somente, mas como pessoas que foram chamadas a alcançarem outras e que devem exercer o seu papel de ser “igreja” durante toda a semana, de modo que empresas e posições de gestão possam ser fortalecidas, abençoadas, e também abençoadoras.

Embora o foco deste livro seja o “como fazer”, também teremos textos para tratar do “porquê” fazer.

O Movimento Elo foi planejado para apoiar empresários em suas necessidades, com conexões que o ajudarão a liderar melhor seus empreendimentos de forma a torná-los cada vez mais eficazes, não apenas em gerar riqueza, mas também em cuidar de pessoas.

O Elo foi planejado também para ajudar o profissional e empresário, grande ou pequeno, a cumprir o seu chamado de glorificar a Deus através do trabalho e alcançar cada pessoa que está ligada ao seu negócio, sejam colaboradores, fornecedores ou colegas de trabalho.

Elo é um Movimento, uma corrente, onde cada participante é importante e ajudará a construir um Brasil melhor, através da integração de fé e trabalho, da troca de experiências e inspiração e da integração com Igrejas Locais.

Parafraseando Ester, seja você um empresário, ou um pastor, que a sua resposta seja: eu preciso de ajuda para fazer o que preciso fazer (Ester 4.16).

Esperamos que esse livro possa ser essa ajuda.

 

(Introdução do livro “Minha Empresa, Meu Ministério, org. de Dongley Martins. Você pode baixar o livro gratuitamente aqui).

 

Equipe Jesus Transforma

Cultura e Contextualização